Principal envolvido em fraude do INSS se passava por policial e queria criar “fábrica de pessoas”, diz PF

Um investigado está foragido.
A operação “O Criador”, deflagrada pela Polícia Civil (PC-Ba) em Jequié, ontem (09), contra um grupo envolvido na aquisição fraudulenta de benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), teve como resultado a prisão do principal investigado e a apreensão de uniformes militares, documentos falsos e aparelhos eletrônicos. A suspeita é de que os uniformes eram usados para facilitar os crimes, e os documentos para alimentar uma “fábrica de pessoas” com o objetivo de cometer outros tipos de fraudes. O principal investigado do esquema foi preso preventivamente em cumprimento ao mandado de prisão preventiva aberto contra ele. A identidade dele não foi revelada. Também há um mandado de prisão temporária para outro envolvido que, segundo a PC, não foi encontrado no endereço registrado na polícia e permanece foragido. Com o homem preso foram encontrados fardamentos das polícias Militar, Civil e Penitenciária da Bahia, além de armas e munições. “Indicando que os crimes praticados não se restringiam àqueles inicialmente investigados e que possivelmente eram utilizados para facilitar a prática das fraudes”, afirmou a PC em nota. Documentos falsos Durante o cumprimento dos quatro mandados de busca e apreensão já previstos, foram encontrados novos elementos que culminaram no cumprimento de mandados de busca e apreensão em mais dois imóveis. Nos locais, foram encontrados diversos documentos falsos que, segundo a PC, indicam que as fraudes não estavam restritas aos oito benefícios indicados inicialmente, ampliando os prejuízos ao INSS, que já somavam pouco mais de R$2 milhões. Ainda de acordo com a PC, os investigados acumularam um patrimônio expressivo composto por imóveis, carros de luxo e dinheiro fruto de uma empresa fantasma. “As investigações prosseguirão com a análise de todo o material e dos equipamentos de telefonia e informática apreendidos, com a finalidade de identificar eventuais outros partícipes, além de quantificar o real prejuízo sofrido pelo INSS”, garantiu a PC.
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