Os três fatores no caminho da cassação de Sergio Moro

São três os fatores decisivos para o processo de cassação a que responde o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) em abril. O primeiro é a velocidade com que os sete juízes do tribunal vão julgar as ações movidas pelo PT de Lula e pelo PL de Jair Bolsonaro contra o ex-juiz-federal da Lava-Jato.

Moro é investigado por abuso de poder econômico, caixa 2 e uso indevido dos meios de comunicação durante o período de pré-campanha da eleição de 2022. O senador nega as acusações e afirma que é alvo de “perseguição política”.

O presidente do TRE do Paraná, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, marcou para o dia 1º de abril o início do julgamento – e reservou mais duas sessões para os processos, nos dias 3 e 8 de abril. O calendário irritou adversários de Moro, que pretendiam dar um desfecho rápido.

Além disso, como revelou o blog, os juízes do TRE do Paraná também já tomaram duas decisões sobre a dinâmica do julgamento: ninguém terá acesso prévio ao voto do relator, Luciano Carrasco Falavinha; e cada um dos sete integrantes do tribunal vai destrinchar o voto como forma de prestação de contas à sociedade.

Na prática, essas duas medidas podem prolongar a duração do julgamento e até abrir caminho para um pedido de vista, já que os juízes podem alegar que vão precisar de mais tempo para refletir sobre os argumentos trazidos pelo relator.

Só que não basta uma decisão do TRE paranaense para que Moro seja definitivamente cassado – e nesse caso, novas eleições sejam convocadas – ou absolvido.

Fonte: Agência o globo
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