Durante o inverno, a incidência de doenças respiratórias em crianças cresce

Com a chegada do inverno e a queda das temperaturas, cresce a preocupação com a saúde das crianças. O ambiente frio e os espaços fechados facilitam a disseminação de vírus e bactérias, tornando os pequenos mais vulneráveis a doenças respiratórias como gripe, resfriados, bronquiolite, pneumonia e crises de asma. Em locais como creches e escolas, onde as crianças convivem próximas umas das outras, as chances de contágio são ainda maiores, agravadas por fatores como poluição ambiental, mudanças bruscas de temperatura e baixa umidade do ar.

Crianças com sistemas imunológicos ainda em desenvolvimento são mais suscetíveis a infecções respiratórias. Para minimizar os riscos dessas enfermidades, Raquel Mascarenhas, médica pediatra do Instituto de Hematologia de Feira de Santana (IHEF) recomenda algumas medidas essenciais aos pais. “Não levar as crianças com sintomas gripais para as escolas é essencial para evitar a disseminação de doenças”, aconselha a médica. Além disso, ela também destaca a importância de ofertar uma alimentação e hidratação adequadas, evitar locais com grandes aglomerações e manter o espaço com bom controle ambiental para as crianças com quadros alérgicos.

Prevenções e cuidados

A vacinação desempenha um papel crucial na prevenção de quadros respiratórios graves como forma de proteção passiva. Segundo Raquel Mascarenhas, é recomendado administrar vacinas anuais contra a influenza a partir dos seis meses de idade, além da vacinação contra o pneumococo, principal agente bacteriano da pneumonia. "Essa vacina, recomendada pelo Ministério da Saúde, é administrada em quatro doses até um ano de vida. Está disponível na rede SUS como Pneumo 10 e na rede particular como Pneumo 13, Pneumo 15 e Pneumo 23", explicou a especialista.

Para além disso, é vital que os pais estejam atentos aos sinais que indicam a necessidade de procurar atendimento médico imediato. A Dra. Raquel Mascarenhas alerta para sintomas como febre persistente por mais de 72 horas, sinais de esforço respiratório, respiração rápida, cianose (coloração azulada da pele devido à falta de oxigênio), desidratação, sonolência ou irritabilidade excessiva, e recusa alimentar ou das medicações. Ao observar algum desses sintomas, é importante que os responsáveis procurem ajuda médica o quanto antes, resultando em um tratamento precoce e mais eficaz.


Fonte: Tribuna da Bahia
Foto: Divulgação

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