Saiba por que esse sinal de colesterol alto surge à noite; entenda os riscos
O colesterol alto é uma condição que frequentemente passa despercebida, pois não apresenta sintomas claros na maioria dos casos. No entanto, níveis elevados dessa substância podem levar a complicações graves, especialmente quando afetam a circulação sanguínea. Uma das condições associadas à hipercolesterolemia é a doença arterial periférica (DAP), que pode manifestar sinais sutis, particularmente durante a noite.
O colesterol é uma substância gordurosa essencial para o funcionamento do corpo, mas em excesso, pode ser prejudicial. Quando os níveis de colesterol estão elevados, há um risco aumentado de formação de placas nas artérias, o que pode levar a uma série de problemas de saúde. Entender como a hipercolesterolemia afeta o corpo é crucial para prevenir complicações mais sérias.
Como o colesterol alto afeta as artérias?
Artérias afetadas – Créditos: depositphotos.com / katerynakon
O acúmulo de colesterol nas artérias resulta na formação de placas compostas por gordura, resíduos celulares, cálcio e fibrina. Essas placas endurecem e estreitam as artérias, um processo conhecido como aterosclerose. Essa condição reduz o fluxo sanguíneo para os músculos e órgãos vitais, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames.
A doença arterial periférica (DAP) é uma complicação comum da hipercolesterolemia, afetando principalmente as artérias das pernas. Em casos mais graves, pode também afetar os braços. A DAP é caracterizada pela redução do fluxo sanguíneo para os membros, o que pode causar dor e desconforto, especialmente durante a noite.
Formação de placas de ateroma:
O excesso de colesterol LDL no sangue pode se acumular nas paredes internas das artérias, formando depósitos de gordura chamados placas de ateroma.
Essas placas são compostas de colesterol, outras gorduras, células inflamatórias e cálcio.
Com o tempo, as placas de ateroma podem endurecer e estreitar as artérias, dificultando o fluxo sanguíneo.
Consequências da aterosclerose:
Redução do fluxo sanguíneo: O estreitamento das artérias dificulta a passagem do sangue, reduzindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes para os tecidos e órgãos.
Formação de coágulos: As placas de ateroma podem se romper, desencadeando a formação de coágulos sanguíneos. Esses coágulos podem bloquear completamente o fluxo sanguíneo, levando a eventos graves como:
Ataque cardíaco (infarto do miocárdio): Ocorre quando o fluxo sanguíneo para o coração é bloqueado.
Acidente vascular cerebral (AVC): Ocorre quando o fluxo sanguíneo para o cérebro é bloqueado.
Doença arterial periférica: Ocorre quando o fluxo sanguíneo para as pernas e pés é reduzido, causando dor e outros sintomas.
Outros efeitos da hipercolesterolemia:
Além da aterosclerose, a hipercolesterolemia também pode contribuir para outras doenças cardiovasculares, como hipertensão arterial e insuficiência cardíaca.
Quais são os sintomas noturnos do colesterol alto?
De acordo com a Cleveland Clinic, um dos primeiros sinais da DAP pode ser dor, cãibras ou desconforto nas pernas durante a noite, interrompendo o sono. Isso ocorre porque as artérias estreitadas não conseguem fornecer oxigênio suficiente aos músculos, mesmo em repouso. A posição deitada pode agravar o problema, pois dificulta ainda mais o fluxo sanguíneo para as pernas.
Além disso, a DAP pode ser silenciosa por um longo período, sem sintomas perceptíveis. Muitas pessoas só descobrem a condição quando ela já está em estágio avançado. Por isso, é importante estar atento a qualquer sinal de desconforto noturno nas pernas e procurar avaliação médica se necessário.
Como prevenir e controlar as complicações?
Manter níveis saudáveis de colesterol é essencial para prevenir complicações cardiovasculares. Algumas medidas podem ser adotadas para controlar o colesterol:
1. Dieta Saudável:
Reduza o consumo de gorduras saturadas e trans: Evite alimentos como carne vermelha gorda, frituras, produtos lácteos integrais e alimentos processados.
Aumente a ingestão de fibras: Consuma frutas, legumes, verduras e grãos integrais, que ajudam a reduzir o colesterol LDL (“ruim”).
Escolha gorduras saudáveis: Opte por fontes de gordura monoinsaturada e poli-insaturada, como abacate, nozes, sementes e azeite de oliva.
Limite o colesterol da dieta: Reduza o consumo de alimentos ricos em colesterol, como gema de ovo e miúdos.
2. Atividade Física Regular:
Exercite-se regularmente: A atividade física ajuda a aumentar o colesterol HDL (“bom”) e a reduzir o colesterol LDL.
Procure fazer pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica moderada por semana, como caminhada rápida, natação ou ciclismo.
3. Mantenha um Peso Saudável:
Perda de peso: Se você estiver acima do peso, perder mesmo que uma pequena quantidade de peso pode ajudar a melhorar seus níveis de colesterol.
4. Abandone o Tabagismo:
Pare de fumar: Fumar reduz o colesterol HDL e aumenta o risco de doenças cardíacas.
5. Moderação no Consumo de Álcool:
Limite o consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode aumentar os níveis de colesterol.
6. Medicamentos:
Em alguns casos, mudanças no estilo de vida podem não ser suficientes para controlar o colesterol. O seu médico pode prescrever medicamentos para ajudar a reduzir os seus níveis de colesterol.
7. Acompanhamento Médico Regular:
Faça exames de sangue regulares: É importante monitorar seus níveis de colesterol e discutir suas opções de tratamento com seu médico.
Complicações do Colesterol Alto:
O colesterol alto pode levar a complicações graves, incluindo:
Doença arterial coronariana: O acúmulo de placas de colesterol nas artérias coronárias pode levar a angina (dor no peito) e infarto do miocárdio.
Acidente vascular cerebral (AVC): a hipercolesterolemia pode contribuir para a formação de coágulos sanguíneos que bloqueiam o fluxo sanguíneo para o cérebro.
Doença arterial periférica: O acúmulo de placas de colesterol nas artérias das pernas pode levar a dor e dificuldade para caminhar.
Com essas medidas, é possível reduzir o risco de complicações associadas ao colesterol alto e manter uma boa saúde cardiovascular. A prevenção e o controle são fundamentais para evitar problemas mais graves no futuro.
Por Felipe Dantas