A região de Itapetinga, na Bahia, foi palco de um conflito entre produtores rurais, indígenas e integrantes de movimentos de sem-terra, resultando na morte de uma indígena, um produtor rural ferido e outro indígena ferido. O presidente do Partido Liberal (PL) na Bahia, João Roma, apontou a ausência da gestão estadual como o principal motivador desses conflitos. Em entrevista à Rádio Brado, o bolsonarista destacou que a falta de segurança jurídica e providências do estado brasileiro contribuíram para a tragédia.
O ex-ministro da Cidadania ressaltou que o cenário poderia ter sido evitado, uma vez que produtores alertaram previamente sobre o clima de beligerância na região. Em 2023, um movimento de produtores rurais na Assembleia Legislativa da Bahia já havia exposto a gravidade da situação, enfatizando a necessidade de garantir o direito à propriedade privada.
"Temos irmãos se digladiando por causa da ausência do estado. O que queremos? Segurança jurídica. Estamos quase roucos de repetir isso, mas precisamos ter uma consolidação da lei", afirmou Roma. Ele também destacou que a área invadida pelos indígenas não faz parte de uma reserva demarcada e mencionou um relatório da PM da Bahia que indica que o primeiro disparo partiu dos invasores.
O presidente do PL na Bahia enfatizou a urgência de uma política fundiária que promova efetivamente a reforma agrária, trazendo a paz ao campo. "Todos nós defendemos a reforma agrária, e foi o presidente Jair Bolsonaro quem mais entregou títulos de terras", lembrou Roma.
Leandro de Jesus, deputado estadual pelo PL e autor do requerimento de instalação de uma CPI para investigar invasões de terra na Bahia, também se pronunciou sobre o conflito. Ele defendeu os produtores rurais, afirmando que criminosos fortemente armados invadiram uma fazenda, mantendo trabalhadores em cárcere privado. O deputado cobrou respostas do Governo do Estado e repudiou a defesa do PT em relação às invasões de terra.
Já Diego Castro, também deputado estadual pelo PL e autor de um Projeto de Lei que visa punir invasores de terra na Bahia, criticou a omissão do governo estadual em lidar com o problema. Ele classificou as invasões como crimes e instou o governo a adotar uma postura condenatória, enfrentando movimentos que praticam "um verdadeiro terrorismo no campo". Castro solicitou medidas vigorosas e reiterou seu compromisso com o homem do campo, a defesa da propriedade privada e a preservação das garantias constitucionais.