Internações por herpes-zóster registram aumento de quase 70% na Bahia

 

Da Redação

Os casos de herpes-zóster aumentaram cerca de 70% em relação ao que foi registrado em 2022. Segundo o Correio*, a doença foi responsável por 155 internações registradas na Bahia em 2023, enquanto no ano anterior foram 92.

Os dados são do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH), do Ministério da Saúde. O herpes-zóster se caracteriza pela reativação do Varicela Zoster, vírus que causa a catapora

Entre os motivos do crescimento de casos está o envelhecimento da população que tem risco de desenvolver a doença.

A doença, que pode se manifestar a qualquer momento da vida após a pessoa ter apresentado catapora, costuma ter fases de evolução. A primeira delas é a prodrômica, que antecede o aparecimento das lesões com dor de cabeça, mal-estar, sensações anormais na pele, dor e febre.

Em seguida, há a fase aguda, que conta com o aparecimento de bolhinhas com água em um lado do corpo e dor que, posteriormente, pode evoluir para neuralgia pós-herpética, nome dado à dor em queimação, ardência, agulhada ou choque, que persiste por mais de três meses após o início da erupção cutânea do herpes-zóster.

As bolhinhas com água costumam seguir o trajeto de um nervo. Desse modo, as lesões podem aparecer em qualquer lugar do corpo, mas, em geral, surgem na região do tórax, da lombar e cervical, com o diferencial de sempre ocuparem apenas um dos lados, sem jamais ultrapassar a linha média que divide o lado esquerdo e direito do corpo.

Em pacientes imunossuprimidos, o as bolhas surgem em localizações atípicas e, geralmente, disseminadas, o que pode gerar complicações. O envolvimento do nervo facial (o sétimo par craniano), ou seja, de nervos que fazem conexão com o cérebro, leva à combinação de paralisia facial periférica e rash (lesão) no pavilhão auditivo, denominada síndrome de Hawsay-Hurt, com prognóstico de recuperação pouco provável.

Já o acometimento do nervo facial (paralisia de Bell) apresenta a característica de distorção da face. Lesões na ponta e asa do nariz sugerem envolvimento do ramo oftálmico do trigêmeo (uma das três divisões do nervo trigêmeo, que é o quinto nervo craniano), com possível comprometimento ocular.

Sem cura, o herpes-zóster, de modo geral, tem tratamento com drogas antivirais e também pode ser prevenido.


Fonte: Toda Bahia
Foto: SHUTTERSTOCK
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