Créditos: DVISIONS (Lua/Terra) – buradaki (asteroide) / Shutterstock. Edição: Olhar Digital
Recentemente, um asteroide conhecido como 2024 PT5 foi identificado orbitando a Terra como uma minilua. Esse fenômeno começou no último domingo (29) e durará até o final de novembro, quando o asteroide retornará ao cinturão de asteroides, seu local de origem.
Com cerca de 10 metros de largura, o asteroide é relativamente pequeno, comparável ao tamanho de um ônibus escolar. Ele foi capturado pela gravidade terrestre em uma de suas passagens próximas e agora está temporariamente em órbita ao redor da Terra.
Por que o 2024 PT5 não é visível a olho nu?
Primeiramente, é importante mencionar que o asteroide 2024 PT5 não pode ser visto a olho nu devido ao seu tamanho diminuto e baixa luminosidade. Ele é cerca de 300 mil vezes menor que a Lua, tornando sua observação extremamente desafiadora, mesmo com telescópios amadores.
Essa rocha espacial foi detectada por cientistas que monitoram constantemente o espaço em busca de objetos com comportamentos incomuns. O 2024 PT5 faz parte do cinturão de asteroides Arjuna, que possuem órbitas similares à da Terra, situados a cerca de 150 milhões de quilômetros do Sol.
Como foi feita a descoberta do 2024 PT5?
Os pesquisadores que detectaram o 2024 PT5 são especialistas em “eventos de miniluas”. Segundo Carlos de la Fuente Marcos, professor da Universidade Complutense de Madrid, esses asteroides são parte de uma população de objetos próximos à Terra. Em condições específicas, como uma aproximação a 4,5 milhões de quilômetros e uma velocidade de 3.540 km/h, esses corpos podem ser temporariamente capturados pela gravidade terrestre.
Para este asteroide específico, a captura temporária durará cerca de dois meses, mas não completará uma órbita inteira ao redor da Terra. Essa espécie de “visita rápida” é um fenômeno fascinante e intrigante para os cientistas.
Quantas miniluas já foram identificadas?
A captura temporária de asteroides como miniluas não é um fenômeno novo. Um dos primeiros casos foi documentado em 2006: o asteroide 2006 RH120, que tinha aproximadamente seis metros de largura e permaneceu em órbita entre 2006 e 2007. Outro exemplo mais recente é o 2020 CD3, que orbitou a Terra por três anos antes de se afastar em 2020.
2006 RH120: Estreou como minilua entre 2006 e 2007 e tinha cerca de seis metros de diâmetro.
2020 CD3: Orbitou nosso planeta de 2017 a 2020, antes de seguir um caminho diferente.
Quais são os potenciais usos das miniluas?
A captura de miniluas gera oportunidades interessantes para o futuro da exploração espacial. Esses asteroides temporários possuem várias aplicações potenciais, tais como:
Pesquisas Científicas: Podem fornecer dados essenciais sobre a composição de asteroides e sobre a formação do Sistema Solar.
Mineração Espacial: Servem como ambientes de teste para tecnologias de extração de recursos em asteroides.
Missões Espaciais: Podem funcionar como pontos de parada ou refúgio em missões de longa duração.
O estudo de miniluas como o 2024 PT5 é crucial para compreender melhor nosso espaço e suas possibilidades. Continuaremos acompanhando as próximas passagens do 2024 PT5 pela Terra e as potenciais inovações que essas miniluas podem trazer para a exploração espacial.
Por Terra Brasil
